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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Policiais cruzam os braços por falta de salário e de condições de trabalho

Agentes fizeram caminhada para exigir valorização profissional
Foto: Kiko Charret


“A prioridade dos policiais é a população e a prioridade do Governo é a Olimpíada”. A frase, estampada em cartazes e faixas, se tornou bandeira levantada pela Coligação dos Policiais Civis, que fizeram uma caminhada da sede da chefia da Polícia Civil até o prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro. Em apoio à categoria, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio (Sindepol-RJ) anunciou a paralisação do expediente em todas as delegacias durante oito horas.
Cerca de mil policiais participaram do manifesto em repúdio à falta de salário e de condições de trabalho. Os serviços de investigações de crimes e o atendimento à população não foram realizados entre 8h e 16h.
O presidente do Sindepol, delegado Rafael Barcia, explicou que o protesto é um grito de socorro, ressaltando a falta de estrutura e de insumos básicos na instituição, como papel higiênico. Na última semana, OSG publicou reportagem denunciando diversos problemas nas delegacias da região. Por conta da falta de pagamento dos funcionários, os policiais têm que se revezar na limpeza e no atendimento telefônico. A 75ªDP (Rio do Ouro), inclusive, corre o risco de fechar as portas. Na manhã de ontem, quem chegava para buscar atendimento na 73ªDP (Neves) era recepcionado com um comunicado afixado na porta informando sobre a interrupção das atividades.
Policiais da 72ªDP (Mutuá) também aderiram à paralisação. “Estou desde cedo na delegacia, mas estamos registrando apenas os casos de maior prioridade. Aqueles em que há a possibilidade de esperar, estamos conversando com a população, que está nos apoiando”, explicou o delegado Mario Lamblet.


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