Agentes fizeram caminhada para exigir valorização profissional
Foto: Kiko Charret
“A prioridade dos
policiais é a população e a prioridade do Governo é a Olimpíada”. A frase,
estampada em cartazes e faixas, se tornou bandeira levantada pela Coligação dos
Policiais Civis, que fizeram uma caminhada da sede da chefia da Polícia Civil
até o prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro. Em apoio à
categoria, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio (Sindepol-RJ)
anunciou a paralisação do expediente em todas as delegacias durante oito horas.
Cerca de mil
policiais participaram do manifesto em repúdio à falta de salário e de
condições de trabalho. Os serviços de investigações de crimes e o atendimento à
população não foram realizados entre 8h e 16h.
O presidente do
Sindepol, delegado Rafael Barcia, explicou que o protesto é um grito de
socorro, ressaltando a falta de estrutura e de insumos básicos na instituição,
como papel higiênico. Na última semana, OSG publicou reportagem
denunciando diversos problemas nas delegacias da região. Por conta da falta de
pagamento dos funcionários, os policiais têm que se revezar na limpeza e no
atendimento telefônico. A 75ªDP (Rio do Ouro), inclusive, corre o risco de fechar
as portas. Na manhã de ontem, quem chegava para buscar atendimento na 73ªDP
(Neves) era recepcionado com um comunicado afixado na porta informando sobre a
interrupção das atividades.
Policiais da 72ªDP
(Mutuá) também aderiram à paralisação. “Estou desde cedo na delegacia, mas
estamos registrando apenas os casos de maior prioridade. Aqueles em que há a
possibilidade de esperar, estamos conversando com a população, que está nos
apoiando”, explicou o delegado Mario Lamblet.
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