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terça-feira, 21 de junho de 2016

Maníaco leva medo ao Ingá

Estudantes da UFF têm andado em grupo para evitar ação de homem acusado de tentativas de estupro



Segundo estudantes da universidade, um dos ataques do maníaco ocorreu na Rua Visconde de Moraes

O medo do estupro caminha lado a lado com as mulheres que passam pelas ruas Visconde de Moraes, Tiradentes, Doutor Nilo Peçanha, Doutor Pereira Nunes e Presidente Pedreira, no Ingá, na Zona Sul de Niterói, onde estão localizadas duas faculdades e várias escolas. Segundo estudantes, um homem estaria aproveitando os momentos de menor movimento dessas vias para, com uma faca, abordar jovens sozinhas e tentar violentá-las. Ainda de acordo com estudantes, o maníaco teria uma tatuagem em uma das mãos.
A ameaça já está tendo repercussão nas redes sociais. Desde o início da semana passada, várias postagens já foram feitas sobre tentativas de ataque.
“Hoje mais cedo, por volta das 11h, uma menina foi perseguida e abordada na esquina entre a Tiradentes e a Visconde de Moraes, por um cara com uma tatuagem de teia de aranha na mão que tentava estuprá-la. Por ‘sorte’, uma senhora que passava percebeu a situação e fingiu que conhecia a menina, afastando o cara. Importante andarmos juntas e atentas ao que as outras mulheres podem estar passando. Juntas somos mais fortes”, postou uma aluna da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Em outra postagem, mais uma internauta mostrava-se apreensiva e alertava para a falta de policiamento na região.
“Queridas amigas de Niterói: estão ocorrendo muitas abordagens e perseguições às mulheres no Ingá, principalmente na Rua Presidente Pedreira (que é a rua da Faculdade de Direito), na Rua Tiradentes e naquela rua da escola, conhecida como “rua do perdeu” entre os alunos. Há relatos de homens com faca e/ou tesoura, forçando as vítimas a acompanhá-los. Não há policiamento na área. Andem atentas, de preferência em grupos grandes e com algo com que possam se defender. Usem o cabelo bem preso para que ninguém puxe em ruas desertas e vocês consigam correr. Isso pode fazer muita diferença. Muito cuidado na região. Se puderem, colem a mensagem no mural pra alertar as mulheres de Niterói”.
Tanto a direção da UFF como o comando do 12º BPM (Niterói) dizem desconhecer o problema. O coronel Fernando Salema aconselha às pessoas que entrem em contato com o 190 e procurem uma delegacia para fazer o registro dos casos.

“Quem passou por esse tipo de situação deve fazer o registro, pois essa é forma de colaborar para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Se possível, entre em contato imediatamente com o 190, faça a descrição do suspeito, pois isso contribuirá para que os policiais façam a abordagem, para que ele seja reconhecido, e evitará que algo pior aconteça com outras pessoas”, disse o comandante do Batalhão de Niterói. 

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