Estudantes da UFF
têm andado em grupo para evitar ação de homem acusado de tentativas de estupro
Segundo estudantes da universidade,
um dos ataques do maníaco ocorreu na Rua Visconde de Moraes
O medo do estupro caminha lado a lado
com as mulheres que passam pelas ruas Visconde de Moraes, Tiradentes, Doutor
Nilo Peçanha, Doutor Pereira Nunes e Presidente Pedreira, no Ingá, na Zona Sul
de Niterói, onde estão localizadas duas faculdades e várias escolas. Segundo
estudantes, um homem estaria aproveitando os momentos de menor movimento dessas
vias para, com uma faca, abordar jovens sozinhas e tentar violentá-las. Ainda
de acordo com estudantes, o maníaco teria uma tatuagem em uma das mãos.
A ameaça já está tendo repercussão
nas redes sociais. Desde o início da semana passada, várias postagens já foram
feitas sobre tentativas de ataque.
“Hoje mais cedo, por volta das 11h,
uma menina foi perseguida e abordada na esquina entre a Tiradentes e a Visconde
de Moraes, por um cara com uma tatuagem de teia de aranha na mão que tentava
estuprá-la. Por ‘sorte’, uma senhora que passava percebeu a situação e fingiu
que conhecia a menina, afastando o cara. Importante andarmos juntas e atentas
ao que as outras mulheres podem estar passando. Juntas somos mais fortes”,
postou uma aluna da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Em outra postagem, mais uma
internauta mostrava-se apreensiva e alertava para a falta de policiamento na
região.
“Queridas amigas de Niterói: estão
ocorrendo muitas abordagens e perseguições às mulheres no Ingá, principalmente
na Rua Presidente Pedreira (que é a rua da Faculdade de Direito), na Rua
Tiradentes e naquela rua da escola, conhecida como “rua do perdeu” entre os
alunos. Há relatos de homens com faca e/ou tesoura, forçando as vítimas a
acompanhá-los. Não há policiamento na área. Andem atentas, de preferência em
grupos grandes e com algo com que possam se defender. Usem o cabelo bem preso
para que ninguém puxe em ruas desertas e vocês consigam correr. Isso pode fazer
muita diferença. Muito cuidado na região. Se puderem, colem a mensagem no mural
pra alertar as mulheres de Niterói”.
Tanto a direção da UFF como o comando
do 12º BPM (Niterói) dizem desconhecer o problema. O coronel Fernando Salema
aconselha às pessoas que entrem em contato com o 190 e procurem uma delegacia
para fazer o registro dos casos.
“Quem passou por esse tipo de situação
deve fazer o registro, pois essa é forma de colaborar para que as medidas
cabíveis sejam tomadas. Se possível, entre em contato imediatamente com o 190,
faça a descrição do suspeito, pois isso contribuirá para que os policiais façam
a abordagem, para que ele seja reconhecido, e evitará que algo pior aconteça
com outras pessoas”, disse o comandante do Batalhão de Niterói.
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