Grupo é acusado de cobrar aluguel de moradores, além de vender drogas em
conjunto habitacional
Foto: Sandro Nascimento
Por Thuany
Dossares
Dez pessoas foram
presas, no início da manhã de ontem, durante operação desencadeada por
policiais da 74ªDP(Alcântara), num condomínio do ‘Minha Casa, Minha Vida’, no
bairro Mundel, em São Gonçalo.
A ação - batizada
de Ubuntu (que significa solidariedade na filosofia africana) - contou com o
apoio de agentes da Divisão de Homicídios e tinha como objetivo cumprir 12
mandados de prisão contra acusados de tráfico, que cobravam uma espécie de
‘aluguel’ de R$ 70 aos moradores do conjunto habitacional. O esquema foi
denunciado, com exclusividade, em reportagem publicada pelo OSG, no último dia
14.
De acordo com as
investigações, que começaram no início de 2015, Patrick de Oliveira Rocha, o
Jogador dos Predinhos, de 22 anos, controlava a venda de drogas no condomínio
com o apoio de sua companheira, Suelle Ferreira Coutinho, 32, síndica da
unidade habitacional, responsável pelas cobranças ilegais.
O conjunto
habitacional possui mais de 280 apartamentos, o que daria um lucro de mais de
R$ 20 mil por mês. Segundo a polícia, Suelle usaria a maior parte desse
dinheiro para abastecer o tráfico de drogas. Os condôminos que se recusavam a
pagar a quantia estipulada pelos bandidos eram ameaçados e expulsos de seus imóveis,
que passavam a ser usados pela quadrilha como pontos de embalagem de drogas.
Além do casal, os
agentes também prenderam: Cláudio Mendonça Pereira, Anderson Ferreira Sales, o
Tuquinha, Sérgio Teixeira, o Charuto, Marcelo Braz Carvalho, o Marcelinho, Orquídea
de Andrade Gonçalves, a Déia, Cléber da Conceição Nogueira Júnior, o Juninho, e
Leandro Costa Ribeiro, o Léo. O traficante Rubens Jaccoud Pacheco, o Nenzão, de
25 anos, que já estava preso por envolvimento na morte do subtenente Cláudio
Souza dos Santos, em maio, teve seu mandado cumprido no sistema prisional
“Essas prisões foram de grande importância, pois conseguimos dar uma satisfação
aos moradores que sofrem, são incomodados e expulsos de suas casas por esses
criminosos”, explicou o delegado Adriano França, titular da distrital.
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