Menino Arthur
Foto: Divulgação
PorDaniela
Scaffo
Arthur Caldas
Silva, de oito anos, filho de um policial militar do 7º BPM (São Gonçalo), está
em estado grave após ser atropelado, na madrugada de segunda-feira, quando saía
da casa de parentes acompanhado pela mãe, na RJ-100, em Maria Paula, São
Gonçalo. De acordo com testemunhas, o motorista, que conduzia um Jetta branco,
não possuía habilitação e estaria alcoolizado no momento do acidente.
Arthur passou o fim
do domingo na casa dos avós maternos, em Maria Paula, e estava seguindo para o
carro de seu padrasto com a mãe, a motorista Gleudes Regina Caldas Silva, 31,
para seguirem para casa, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. Porém, os
dois foram atingidos por um veículo desgovernado, que seguia sentido São
Gonçalo, pouco depois da meia noite, na altura do quilômetro 10,5 da RJ-100.
Arthur e Gleudes foram arremessados a uma distância de 20 metros e foram
socorridos pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Estadual Azevedo Lima
(Heal), no Fonseca, Niterói. O menino permanece internado na unidade em estado
gravíssimo. A mãe foi medicada e liberada. Ainda segundo testemunhas, o
motorista teria tentado fugir do local do acidente e trocar de lugar com o
carona do veículo, que possuía habilitação. A dupla foi contida pela população
e encaminhada para a 74ª DP (Alcântara).
Família – De acordo
com a madrasta de Arthur, a estudante Débora Ramos, 28, o exame de alcoolismo
feito no condutor do veículo deu negativo. “O exame foi feito depois de muitas
horas do acidente e, provavelmente, o efeito da bebida já tinha passado. Mas o
motorista e o carona tinham assumido na delegacia que tinham bebido. Só
queremos que a justiça seja feita e que o homem que fez isso com o nosso
anjinho seja preso, pois isso alivia um pouco a nossa dor”, contou Débora.
Faltando menos de
um mês para o aniversário de Arthur, a família lamenta o ocorrido. De acordo
com os parentes paternos da criança, o soldado da PM só soube que ele era seu
filho, em novembro do ano passado e, desde então, a aproximação entre os dois
só aumentou. “Soubemos que ele fazia parte da nossa família, em novembro, e
desde então, ele se tornou uma luz para nossas vidas, sempre espalhando amor e
alegria. Arthur rejeitou ir para a Disney porque queria comemorar seu aniversário
com os parentes maternos e paternos”, disse a cunhada do soldado, a
recepcionista Carmen Ramos, 32.
Doação – Arthur
sonha ser jogador de futebol, mas se ele não se recuperar do acidente e o pior
acontecer, a família doará os órgãos dele para que os projetos de outras
crianças possam se concretizar. “Imagina quantas pessoas poderão ser salvas com
essa atitude? Assim, o Arthur poderá continuar espalhando o amor”, finalizou
Carmen. O condutor do veículo foi autuado por lesão corporal culposa e vai responder
em liberdade.
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