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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Complexo do Alemão, uma 'Serra Pelada' para os policiais corruptos






RIO - A investigação que resultou na "Operação Guilhotina" detalha a atuação de policiais civis, militares e informantes em quatro bandos envolvidos numa série de crimes. A análise do relatório da Polícia Federal revela, por exemplo, que durante a ocupação do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, em novembro passado, integrantes de três das quatro quadrilhas transformaram a região numa zona de garimpo. Em interceptações telefônicas, os policiais se referem à localidade como "Serra Pelada" - referência ao garimpo no Pará, que ganhou notoriedade na década de 80.

Dos bandos investigados, o mais numeroso era comandado pelo delegado Carlos de Oliveira, ex-subchefe Operacional da Polícia Civil, que contava com pelo menos 21 integrantes e agia como uma milícia, dominando a Favela Roquete Pinto, em Ramos. O grupo também participava de operações em que armas e munição apreendidas eram desviadas para abastecer o grupo paramilitar ou revendidas a bandidos.

A investigação da Polícia Federal mostrou que o desvio de armas e drogas apreendidas em operações policiais também era praticado por integrantes de outros dois grupos. Um deles chefiado pelo inspetor Leonardo da Silva Torres, o Trovão, que teria vendido ao traficante Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, uma metralhadora .30, encontrada durante operação no Morro da Mangueira, em 2009. O quarto bando, chefiado pelo inspetor Helênio Dias Rodrigues, atuava na segurança de bingos em Botafogo, Bonsucesso e Guaratiba.

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