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terça-feira, 30 de junho de 2015

Imagens mostram entrega de gás desviado de subsidiária da Petrobras


Segundo a polícia, mais de 100 botijões foram desviados na ocasião.
Nesta segunda, oito pessoas foram presas em operação policial.

Após prender oito pessoas por suspeita de participação no furto de botijões de gás e do produto de uma empresa subsidiária da Petrobras em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a Polícia Civil divulgou nesta segunda-feira (29) imagens que mostram funcionários da petroleira entregando uma carga a uma empresa que não havia feito pedido à Liquigás.

Segundo a polícia, mais de 100 botijões foram desviados na ocasião, cuja data não foi divulgada. A carga foi recebida pelo próprio empresário da revenda.

O cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão ocorreram, nesta segunda-feira (29). Funcionários e empresários de distribuidoras de gás foram surpreendidos em casa, antes do amanhecer. Como os policiais do Departamento de Investigações Criminais (Deic) tinham em mãos 25 mandados judiciais ao todo, sendo 12 de prisão temporária e 13 de busca e apreensão, quatro suspeitos ainda são procurados.

No total, todos os desvios causaram prejuízos de cerca de R$ 1 milhão ao ano, de acordo com o delegado Juliano Ferreira. Essa perda atingiu não somente a subsidiária, mas também a Petrobras. Cálculos realizados pelas empresas dão conta de furto de 20 toneladas de gás por mês.

"O que equivale dizer que, em um ano, supera mais de um milhão (de reais). Como esse esquema funcionou por muitos anos, não só nós acreditamos como a própria empresa (acredita), em (prejuízo) de um, dois, três milhões de reais", explica.

Entre os presos estão empresários do ramo de distribuição de gás, terceirizados e funcionários da Petrobras. "A partir da denúncia se começou um trabalho de investigação, onde ao todo 12 indivíduos restaram identificados e foram provadas suas participações", informa o delegado.

A polícia teve acesso a ligações telefônicas dos envolvidos e também a imagens de câmeras de segurança para ajudar a comprovar provas durante a investigação. "Numa dessas conversas telefônicas, o empresário confirma que comprava esse gás bem mais barato que o preço que deveria pagar", diz o delegado, acrescentando que esse produto desviado levava risco à população.

"Esse botijão que saía da empresa, saía sem nenhuma certificação, além dos riscos que corria ate mesmo de explosão. Não havia nenhum cuidado na embalagem. Certamente alguns consumidores adquiram os botijões pela metade (do conteúdo), porque não havia nenhum controle, nenhuma pesagem", completa.


O grupo desviava a carga de dentro da distribuidora e levava para revender em pontos de venda de gás. Os furtos foram detectados pela subsidiária da Petrobras, que fez a denúncia ao Deic em 2012.

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