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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vinte pessoas são detidas em operação da PM para combater cracolândia no Morro da Coruja, em São Gonçalo

RIO - Vinte pessoas foram detidas por policiais militares do 7º BPM (Alcântara), que realizaram uma operação no Morro da Coruja, em Neves, São Gonçalo, na manhã desta quinta-feira. De acordo com o tenente-coronel Cláudio Oliveira, comandante da unidade, os suspeitos estavam na cracolândia da comunidade.

Um ônibus foi levado para a favela para transportar os suspeitos até a 74ª DP (Alcântara), onde será feita uma triagem. Na operação, foram apreendidas drogas e armas. O material ainda não foi contabilizado.

Na semana passada, três homens foram presos e dois menores apreendidos na mesma comunidade. Eles estavam com drogas e três radiotransmissores.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Conselho da 7ª AISP discutirá aumento de população de rua em SG





O Conselho da 7ª AISP (Área Integrada de Segurança Pública) através do seu presidente, José Antonio Borges, do comandante do 7ºBPM/SG, Coronel Claudio Luiz e dos delegados do Município, realizará a sua reunião mensal na próxima quinta-feira.

Haverá uma palestra, ministrada pela senha Diane Arraz , representante do Serviço de Abordagem , Triagem e Acompanhamento a População de Situação de rua , com objetivo debater questões relacionadas a Segurança Pública no município e o grande aumento desta população d .

A reunião acontecerá nesta quinta-feira (16/12), com início ás 10 horas, na ACESG (Associação Comercial e Empresarial de São Gonçalo) - Rua Feliciano Sodré, 82, 1° andar, Centro de São Gonçalo, sendo que ao início da reunião , será servido para todos os participantes um café da manhã gratuito.

O homem do ano – Jose Mariano Beltrame




O homem responsável pela segurança do Rio de Janeiro dá expediente no prédio da Central do Brasil, no centro da cidade, com a fachada suja e cheio de mendigos na porta. No gabinete localizado no 4º andar, José Mariano Beltrame recebeu a reportagem de ALFA numa tarde de sexta-feira ensolarada no início de novembro, vestido com um discreto terno marrom. Na entrevista exclusiva, o policial falou como a chegada ao Rio mudou para sempre sua vida. Ele desembarcou na cidade em 2003, quando foi convidado a chefiar um grupo de investigadores da Polícia Federal que atuava na cidade tentando desbaratar quadrilhas de traficantes de drogas e de armas. Na época, a vida pessoal de Beltrame também passava por um período de mudança. Estava recém-separado de seu primeiro casamento e chegou a morar dois anos na sede da Superintendência da PF, no centro do Rio.

“Era mais prático e eu gostava do meu serviço. Vivi o problema da criminalidade 24 horas por dia”, afirmou ele. Saiu-se tão bem na função que foi indicado, em 2006, ao governador Sérgio Cabral para ser o secretário de Segurança do Rio de Janeiro.

Na conversa com ALFA, ocorrida duas semanas antes dos maiores combates na história da cidade entre as forças policiais e os bandidos, Beltrame parecia pressentir os problemas. Ele encabeçou a equipe que colocou em prática a primeira tentativa séria de intervenção pública no problema da violência nos morros, com a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Implantado há dois anos, no primeiro mandato de Sérgio Cabral, o programa já criou 13 unidades, que garantem a ocupação de mais de 30 morros e favelas. Nessas áreas, além da instalação de postos permanentes de policiais articulados com as lideranças comunitárias, foram construídos escolas e centros de saúde. “Instalar uma UPP é como jogar água quente no formigueiro”, disse Beltrame. “Sabemos que, com a perda de territórios, os comandos dos bandidos estão se reorganizando para tentar uma reação.”

As previsões do secretário se concretizaram. A crise de segurança teve início, com os bandidos promovendo tiroteios, arrastões e queimas de ônibus na cidade. A polícia reagiu com uma ação ainda mais ousada, invadindo, com o auxílio de tanques da Marinha, uma das favelas mais perigosas da cidade, a da Vila Cruzeiro, onde os bandidos estavam concentrados. Na fase seguinte, as forças de segurança ocuparam o Complexo do Alemão. A operação de reconquista da Vila Cruzeiro, transmitida ao vivo durante horas pelas TVs, num clima de “Tropa de Elite 3”, chegou a ser comparada por comentaristas mais exagerados ao desembarque dos Aliados na Normandia, durante a Segunda Guerra Mundial. Somente na primeira semana de conflitos entre policiais e bandidos, 217 pessoas foram presas e 34 morreram.

No final de novembro, Beltrame estava novamente quase morando dentro do trabalho. No auge dos combates nos morros da cidade, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro já havia recebido 17 ameaças de morte e andava escoltado por 20 policiais. Fazia suas refeições no próprio gabinete e, para vê-lo, sua família — Beltrame se casou pela segunda vez e tem um filho de 1 ano de idade — era obrigada a se deslocar para lá. Nas entrevistas em que falou sobre os confrontos, o secretário sempre demonstrou clareza e firmeza. Essas características já haviam ficado claras no encontro com ALFA, quando ele comentou o sacrifício necessário para cumprir a missão que está em suas mãos. “O jogo contra os criminosos é difícil, mas vamos vencê-lo”, afirmou.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Economia pode ganhar R$ 870 milhões só com luz e gás

O comércio ilegal de energia e de botijões de gás movimentam cerca de R$ 870 milhões por ano nas favelas do estado do Rio de Janeiro. Pacificação das favelas representa oportunidade para iniciativa privada chegar a áreas dominadas por intermediários.


O valor, estimado a partir de dados da distribuidora de energia Light e da Agência Nacional de Petróleo (ANP), é 13 vezes superior aos R$ 65 milhões empenhados pela União este ano em programas de habitação e urbanização de assentamentos precários, caso das próprias favelas.

A retomada de 12 favelas do Rio controladas por traficantes, por meio da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), pode trazer recursos desviados pelo comércio ilegal de volta à economia formal, dizem especialistas. Mas, para isso, é importante que o poder público e a iniciativa privada atuem rapidamente. Segundo o urbanista Manoel Ribeiro, que atua em programas sociais nas favelas cariocas há 21 anos, a ação das UPPs tem prazo de validade. "Primeiro, porque os traficantes das favelas ocupadas apenas mudaram de endereço. Segundo, porque a milícia nasce também das UPPs, e é ela quem comanda grande parte do comércio üegal dos morros", diz. Ribeiro ressalta ainda que vários comandantes de UPPs estão conquistando cargos políticos, o que torna a eficiência da ocupação questionável no longo prazo.

Reação

Mas, por enquanto, as empresas mostram-se interessadas em ocupar o espaço antes das milícias. Para o superintendente de Relacionamento com as Comunidades da Light, Mário Guilherme Romano, as UPPs contribuem para elevar a formalidade do serviço de distribuição de energia nas favelas do Rio. No morro Dona Marta, onde a UPP existe desde 2008, a companhia investiu R$ 4,5 milhões em lun programa de eficiência energética, que aplicou R$ 2,5 milhões na modernização das redes locais. "Havia muito fio desencapado, por conta dos chamados gatos. Isso representava insegurança para os moradores, passivos de choques e incêndios. Com a nova rede, a região sofre um décimo das interrupções de energia de antes", diz.

Os "gatos" de energia, contudo, ainda dominam o locaL Dos cerca de 10 mil habitantes de Dona Marta, segundo estimativas do Instituto Pereira Passos, a Light atende a 1,5 mil famílias.

Para a distribuidora, que responde por 70% do fornecimento de energia no estado do Rio, os "gatos" nas favelas geram o desvio de 2,1 mil gigawatts-hora (GWh) por ano. Aplicando-se a tarifa social de R$ 0,18 sobre o consumo de um quitowatt-hora (KWh) — valor geralmente cobrado para famílias de baixa renda—o prejuízo mínimo pode chegar a R$ 395,5 milhões por ano. Estendendo-se para os demais 307o do mercado fluminense, as empresas de energia perdem, em média, R$ 570 milhões todos os anos. Para o Brasil todo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima perdas de R$ 7,8 bilhões por ano.

Televisão paga

Embora não consiga determinar quanto as operadoras de TV paga perdem com os desvios de sinal no Rio, os "gatonets", Antônio Salles, diretor do Sindicato de Empresas de TV por Assinatura (Seta), diz que o mercado local só ingressará na formalidade quando o governo criar soluções mais eficientes de segurança. "Hoje um técnico chega na favela e é cercado por milicianos", diz.

Quando o sinal era analógico e, portanto, fácil de rastrear, a Seta estimava que 500 mil pontos instalados eram ilegais em todo o país. "Com o avanço do sinal digital, esse número vem caindo, pois requer pirataria sofisticada de softwares de criptografia. Entretanto, suponhamos que essa média de gatonet seja hoje de 200 mil pontos, isso representa uma perda de R$ 10 milhões por mês para o setor", afirma.


URBANIZAÇÃO
Projeto Paraisópolis, modelo paulistano para comunidade cariocas

Iniciado em 2005, o modelo de urbanização da favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, poderia ser copiado para as favelas do Rio, diz Maria Tereza Diniz, coordenadora do projeto na prefeitura de São Paulo. Embora a Secretaria de Segurança Pública não tenha atuado nas 120 comunidades paulistanas que utilizam esse modelo, no caso fluminense, seria necessário a ajuda das UPPs. O projeto, que teve investimentos de R$ 195 milhões, foi responsável pela pavimentação de ruas, drenagem, implantação de coleta de lixo, criação de áreas de lazer, unidades de saúde, escolas, creches e a reconstrução de casas - ações que beneficiaram 80 mil pessoas. "No começo, sentimos muita resistência da comunidade, que não dava credibilidade ao poder público devido à inúmeras promessas não cumpridas. Isso mudou quando as pessoas começaram a ver suas casas construídas, em 2008", afirma Maria Tereza. Segundo ela, 3 Secretaria de Urbanismo não enfrentou problemas de segurança em Paraisópolis, exceto pelo episódio de fevereiro de 2009. Na ocasião, houve confronto entre policiais e traficantes, supostamente iniciado com a morte de um morador de Paraisópolis. "A polícia teve de ocupar a favela temporariamente, cerca de um mês, para darmos continuidade aos projetos", conta. Os resultados, porém, renderam prêmios internacionais à prefeitura. "Antes do projeto, apenas 18% das casas tinham coleta de esgoto. Hoje, essa parcela é de 70%", afirma Maria Tereza.

Para o urbanista Manoel Ribeiro, o modelo implementado pelo governo na década de 70 para fomentar a Zona Franca de Manaus é outra possível solução para a informalidade nas favelas do Rio. "A informalidade é responsável pela relativa estabilidade social das comunidades da região. Esse mercado só entrará para a economia formal quando o faturamento dos comerciantes for suficiente para o pagamento de contadores e impostos", diz Ribeiro. Neste sentido, a isenção de impostos e a facilidade de crédito aplicada aos empresários na criação da Zona Franca de Manaus seria fundamental para as favelas. "Hoje, três em cada cinco empregos gerados são informais. É preciso, portanto, estimular o empreendedorismo nos morros", afirma Ribeiro. CA.

Informalidade eleva custo de vida nos morros

Crime organizado limita instalação de revendas legalizadas nas áreas que controlam para assegurar fonte de receita com venda de produtos e serviços

Enquanto a insegurança nas favelas fluminenses é um dos principais empecilhos ao ingresso do comércio legal de bens e serviços, a população local arca com os custos da informalidade. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), a revenda ilegal de botijões nas favelas do estado movimenta um mercado de até R$ 300 milhões por ano. Isso porque as milícias chegam a cobrar um ágio entre R$ 5 e R$ 13 sobre o preço médio do botijão de 13 litros, que custa, no mercado formal, R$ 37 em média. O botijão, portanto, chega a R$ 50, segundo relatório da ANP.

Para a agência, a própria rede de fornecedores, traficantes e milicianos limitam a instalação de revendas legalizadas nas áreas que controlam e garantem, assim, a venda de aproximadamente 500 mil botijões por mês. O esquema do botijão de gás se repete também com outros serviços
básicos.

O chip para celulares da Um vendido nas favelas, por exemplo, custa em média 50% mais do que fora das comunidades. Para Fernando Motta, diretor da Tim no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, a informalidade encarece o preço nas favelas porque não é possível vender diretamente para os estabelecimentos, já que faltam informações básicas, como Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Desta forma, o produto passa por vários intermediários, elevando o custo para o consumidor final. "Com as UPPs, consigo ter uma relação direta com as empresas e o preço cobrado para o consumidor cai", diz Motta.

Como resultado da estratégia direcionada a comunidades carentes (leia mais na página 6), a. Tim viu suas vendas subirem. Em outubro, foi a operadora que mais cresceu em participação de mercado no Rio de Janeiro e, no segmento de clientes pré-pagos, subiu do quarto para o terceiro lugar. "É um processo longo, mas já é fruto desse trabalho, 70% desse esforço de vendas veio das comunidades", afirma Motta.

Por mais que não solucione o problema da informalidade, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) podem elevar a presença do mercado formal e, com isso, reduzir o custo dos bens e serviços. "As UPPs são importantes para colocar um pouco de ordem em uma região abandonada pelo estado e tirar o ônus da violência dos preços cobrados às comunidades carentes", diz Tadeu Masano, presidente da consultoria Geografia de Mercado.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Exército vai implantar no Rio uma Força de Paz nos moldes do Haiti





RIO - Pela primeira vez na história, o Exército vai montar no país uma Força de Paz nos moldes das operações realizadas no Haiti. O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, confirmou que suas tropas vão ocupar a parte interna dos complexos do Alemão e da Penha.

De acordo com Peri, nessa segunda fase de ocupação os militares vão fazer o patrulhamento e, se necessário, vasculhar casas. A Brigada Paraquedista também não ficará fixa no Complexo do Alemão. Tropas de outros estados poderão ajudar na ocupação.

O comandante do Comando Militar do Exército (CML), general Adriano Pereira Junior, disse que, a partir da semana que vem, serão traçadas metas para que o Exército comece a ocupação do interior das comunidades. De acordo com o general, um comandante, ainda não escolhido, será designado para comandar a tropa de Paz.

- Nosso pessoal está preparado para esse tipo de atuação. O governador enviou um ofício ao Ministério da Defesa que resolveu atender ao pedido. Basta agora acertar a nossa estratégia e uma data para a entrada do Exército na comunidade - informou o comandante.

O Exército ainda não divulgou, no entanto, quando a força pacificadora vai começar a atuar. Segundo o general Adriano, ainda é necessário um tempo para que o Exército faça o planejamento das ações. Mas, ele acredita que não será possível implantar a Força de Paz antes do dia 15 de dezembro.

Marinha deixa ocupação no Complexo do Alemão

Nesta quinta-feira, as tropas da Marinha começaram a deixar a ocupação no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro. Segundo informações dos militares, os 17 blindados saem do 16º BPM (Olaria) e voltam para o quartel da corporação em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde ficarão de sobreaviso. Caso seja necessário, os veículos vão voltar para o conjunto de favelas. Ainda de acordo com os militares, a retirada dos blindados acontece para aliviar o tráfego no local e diminuir a exposição dos veículos.


Ana Claudia Costa, Paulo Carvalho, Ana Carolina Torres; G1

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Comboio com drogas apreendidas no Alemão segue para Volta Redonda





RIO - Três caminhões da Comlurb seguem na tarde desta quarta-feira em direção à Volta Redonda, no Sul Fluminense, com as drogas apreendidas até o momento durante as operações de ocupação dos complexos da Penha e do Alemão. O material será incinerado nos fornos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que cedeu suas instalações para a operação

O comboio saiu da Academia de Polícia Civil, onde as drogas estavam armazenadas para perícia, por volta das 12h30m e seguiu pela Linha Vermelha e Serra das Araras. Os veículos são escoltados por dois carros da Coordenadoria de Operações Especiais (Core), um da Polícia Federal, além de dois agentes em motocicletas.

Segundo levantamento parcial da Secretaria de Segurança foram apreendidos até o momento 33 toneladas de maconha, 235 kg de cocaína, 27 kg de crack, e 1.406 frascos de lança-perfume.




http://oglobo.globo.com


Domingos Peixoto