Segundo
investigações, ele vendia cerca de 150 unidades por dia.
Suspeito já havia sido detido por estoque irregular de botijões, diz polícia.
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon)
deteve homem, de 45 anos, suspeito de comercializar gás de cozinha sem
autorização. Segundo a polícia, ele vendia cerca de 150 botijões por dia de
forma ilegal, há cerca de um ano, na região noroeste de Goiânia.
O suspeito foi detido na quinta-feira (2) em sua residência no Jardim
Eloá por crime contra a ordem econômica. Segundo a polícia, o homem não tinha
licença do Corpo de Bombeiros, da prefeitura nem da Agência Nacional do
Petróleo (ANP) para comercializar, estocar ou transportar o produto.
A polícia apurou que ele vendia os botijões a R$ 45 cada. O presidente
do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro Oeste
(Sinergás), Zenildo Dias do Vale, estima que o suspeito lucrava cerca de R$ 2
mil por dia.
As investigações apontaram que o suspeito já havia sido detido em 2011
por estocar cerca de 500 botijões também de maneira irregular e, no último ano,
voltou a praticar o comércio clandestino de maneira diferente.
O delegado responsável pelo caso, Frederico Dias Macedo, informou que o
suspeito tinha uma central de atendimento em sua casa, na qual recebia as
ligações com os pedidos e, de lá, organizava as entregas.
“Ele estocava cerca de três unidades em diferentes casas da região e
tinha dois motoqueiros que faziam as entregas para ele, dificultando a ação
policial, já que muitos alegavam que os itens eram de uso pessoal”, explicou o
delegado titular da Decon, Eduardo Prado.
Conforme a polícia, os entregadores serão ouvidos e, se for comprovado
que eles tinham ciência da irregularidade do comércio do patrão, também podem
ser responsabilizados. O crime contra a ordem econômica pode resultar em pena
de até cinco anos de prisão e não cabe fiança.
O delegado Eduardo Prado afirmou que a prisão do suspeito de 45 anos faz
parte da operação Gás Total. "Recebemos denuncias da atuação deste
suspeito e de outros que estão sendo investigados. O objetivo é reprimir a
venda e o transporte ilegal de gás", informou.
As investigações do caso continuam no intuito de encontrar, também, o
responsável por fornecer o gás ao suspeito.
Riscos
O presidente do Sinergás, Zenildo Dias do Vale, informou que o consumidor corre riscos ao comprar produtos não fiscalizados. "Cerca de 100 gramas de gás podem explodir uma casa. Ao comprar produtos de fontes que não tem autorização para manusear e transportar o produto, a família corre sérios riscos", alertou.
O representante afirmou que para verificar se a empresa é autorizada é
preciso pedir sempre a nota fiscal e a autorização da ANP para a empresa que só
pode funcionar com esse certificado.
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