Segundo a polícia, mais de 100 botijões foram
desviados na ocasião.
Nesta segunda, oito pessoas foram presas em operação policial.
Nesta segunda, oito pessoas foram presas em operação policial.
Após prender oito pessoas por
suspeita de participação no furto de botijões de gás e do produto de uma
empresa subsidiária da Petrobras em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a Polícia
Civil divulgou nesta segunda-feira (29) imagens que mostram funcionários da
petroleira entregando uma carga a uma empresa que não havia feito pedido à
Liquigás.
Segundo a polícia, mais de
100 botijões foram desviados na ocasião, cuja data não foi divulgada. A carga
foi recebida pelo próprio empresário da revenda.
O cumprimento de mandados de
prisão e de busca e apreensão ocorreram, nesta segunda-feira (29). Funcionários
e empresários de distribuidoras de gás foram surpreendidos em casa, antes do
amanhecer. Como os policiais do Departamento de Investigações Criminais (Deic)
tinham em mãos 25 mandados judiciais ao todo, sendo 12 de prisão temporária e
13 de busca e apreensão, quatro suspeitos ainda são procurados.
No total, todos os desvios
causaram prejuízos de cerca de R$ 1 milhão ao ano, de acordo com o delegado
Juliano Ferreira. Essa perda atingiu não somente a subsidiária, mas também a
Petrobras. Cálculos realizados pelas empresas dão conta de furto de 20
toneladas de gás por mês.
"O que equivale dizer
que, em um ano, supera mais de um milhão (de reais). Como esse esquema
funcionou por muitos anos, não só nós acreditamos como a própria empresa
(acredita), em (prejuízo) de um, dois, três milhões de reais", explica.
Entre os presos estão
empresários do ramo de distribuição de gás, terceirizados e funcionários da
Petrobras. "A partir da denúncia se começou um trabalho de investigação,
onde ao todo 12 indivíduos restaram identificados e foram provadas suas
participações", informa o delegado.
A polícia teve acesso a
ligações telefônicas dos envolvidos e também a imagens de câmeras de segurança
para ajudar a comprovar provas durante a investigação. "Numa dessas
conversas telefônicas, o empresário confirma que comprava esse gás bem mais barato que o preço que deveria pagar", diz
o delegado, acrescentando que esse produto desviado levava risco à população.
"Esse botijão que saía
da empresa, saía sem nenhuma certificação, além dos riscos que corria
ate mesmo de explosão. Não havia nenhum cuidado na embalagem. Certamente alguns
consumidores adquiram os botijões pela metade (do conteúdo), porque não havia
nenhum controle, nenhuma pesagem", completa.
O grupo desviava a carga de
dentro da distribuidora e levava para revender em pontos de venda de gás. Os
furtos foram detectados pela subsidiária da Petrobras, que fez a denúncia ao
Deic em 2012.
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