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sábado, 29 de janeiro de 2011

Presa quadrilha com botijões








Na manhã desta quarta-feira, 26, os delegados da regional da cidade de Itabaiana, Fábio Pereira e Nélio Bicalho, juntamente com a delegada do município de Campo do Brito, Luciana Pereira, detalharam a investigação e operação que culminou com a desarticulação de um grupo criminoso que atuava nos estados de Sergipe e Bahia.

As investigações foram iniciadas pela Delegacia Regional de Itabaiana, com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), a partir do registro de um assalto no povoado Lagoa do Forno no mês de setembro de 2010. Após quatro meses de levantamentos, foi montada nesta terça-feira, 25, uma operação que contou com policiais das delegacias das cidades de Itabaiana, Lagarto, Campo do Brito, Frei Paulo e Ribeirópolis, além de agentes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

Foram presos: Paulo Rogério da Cunha, 35 anos, vulgo “Marcos ou Peu”, apontado pela polícia como um dos líderes do bando; José Andrade de Carvalho, 39 anos, conhecido como “Adilson Machante”; Claudecir Luiz da Silva, 53 anos, que atende por “Velho ou Boy”, responsável pelo fornecimento de armas de fogo ao bando; Fabian de Jesus Santos, 26 anos, conhecido como “Fabinho” e que exercia no grupo, também, uma liderança; Ana Carla Santos da Silva, 18 anos, esposa de “Fabinho”, responsável pelo transporte dos membros da quadrilha, Adielson Gomes dos Santos, 53 anos, vulgo “Gago” e Luciano Santos, 41 anos, com que a polícia encontrou uma pistola calibre 635. As prisões foram efetuadas nas cidades de Lagarto, Itabaiana e Ribeirópolis.

"Essa quadrilha agia em pelo menos dez municípios localizados nos estados da Bahia e Sergipe. Era uma organização criminosa que agia com muita violência, praticando crimes de latrocínio, roubo, furto e assaltos a mão armada. Um dos integrantes da quadrilha, Sergio Ribeiro dos Santos, foi morto no dia 28 de dezembro do ano passado depois de uma troca de tiros no estado da Bahia. O seu corpo foi abandonado pelos comparsas nas proximidades de um posto de gasolina no município
de Frei Paulo”, explicou o delegado Fábio Pereira.

Ainda de acordo com Pereira, “Fabinho” participava diretamente dos crimes e ainda cuidavam da comercialização dos objetos roubados. “A família do Fabian possui um mercadinho no município de Lagarto, onde ele repassava vários objetos e utensílios adquiridos de forma ilícita pelo bando. Além disso, o “Gago” era um receptador principal do bando, ele é proprietário de um estabelecimento comercial na cidade de Itabaiana, onde repassava, também, parte da mercadoria roubada ou furtada”, detalhou.

Com o grupo a polícia encontrou um enorme volume de mercadorias roubadas, dinheiro, arma de fogo, munições e outros materiais. Foram apreendidos botijões de gás (GLP), pneus, ferramentas, maços de cigarro, bebidas alcoólicas, sandálias e mais de R$ 4 mil em dinheiro. Todos os objetos e dinheiro apreendidos foram encontrados na casa de Fabian e de Luciano.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Delegado ameaçado denuncia: permanece esquema de corrupção na polícia

Em texto enviado com exclusividade ao blog REPÓRTER DE CRIME, o delegado Alexandre Neto, da Polícia Civil do Rio, denuncia que o esquema de corrupção montado pelo ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins - ex-deputado cassado - continua "com a parcimônia dos comandos das polícias, que fingem não enxergar o óbvio". Neto, que escapou de atentado praticado por policiais militares em 2007, voltou a ser alvo de uma conspiração para matá-lo. O plano foi abortado pela Secretaria de Segurança. do Estado do Rio. Em 2006, Neto foi um dos poucos policiais que teve a coragem de denunciar à Polícia Federal o envolvimento de policiais civis e militares com a máfia dos caça-níqueis.

A íntegra da mensagem de Neto ao blog é a seguinte:
"Prezados Blogueiros,

Inicialmente, congratulo-me com a "muda", "Anhanguera", "OCombatente", "CANADEAÇÚCAR" [os "nicks" são usados por leitores e comentaristas deste blog] e outros que almejam uma polícia melhor e, de certa forma, me prestaram alguma solidariedade em razão da notícia veiculada pelo jornal “O Dia”. Nós, que pertencemos aos quadros da "força", sabemos que não basta a simples vontade política para mudar as polícias, sejam elas civil ou militar. A moral de quem comanda é imprescindível. E ela não é imposta a quem quer que seja pelo simples acesso ao cargo de comando a ser ocupado. Como diz um velho ditado popular, "tartaruga não sobe em poste. Se ela está lá foi porque alguém a colocou naquele lugar". A estrutura de corrupção montada pelo ex-chefe de polícia Álvaro lins e pelo ex-governador de nosso estado deixou tentáculos profundos nas organizações policiais. Foram 8 (oito) anos ininterruptos de corrupção, mortes e extorsões que envolveram agentes e autoridades totalmente descompromissadas com o interesse público.

Para eles prevalecia o interesse particular. Tudo isso acompanhado de perto pelo Ministério Público e pelo próprio Poder Judiciário estadual. Todo mundo sabia do extenso esquema de arrecadação montado, de cima para baixo, impunemente, dentro do estado. As Operações GLADIADOR, HURRICANE e SEGURANÇA PÚBLICA S/A, patrocinadas pela Polícia Federal e pelo MP Federal, deixaram patentes o envolvimento de policiais civis e militares com o crime organizado, além do sério comprometimento da própria cúpula estatal. As condenações impostas aos criminosos demonstraram isso.

A missão que se seguiu, imposta ao Dr. Beltrame, é árdua. Muito árdua. Ela requer paciência e estratégia, pois ninguém vai conseguir desmontar em 4 (quatro) anos um “esquemão” que foi montado em mais de 8 (oito) e, infelizmente, ainda perdura. E perdura com a parcimônia dos comandos das polícias, que fingem não enxergar o óbvio. Que ainda esperam pela iniciativa de outras Instituições para fazer a faxina em seus próprios quadros. Ninguém vai conseguir purificar almas que acreditaram na impunidade e lucraram – e ainda lucram - com ela. A missão é quase impossível, mas alguém tem que levá-la adiante, seja para o bem das polícias, seja para o bem da própria sociedade.

Sei dos riscos que enfrento, bem como outros colegas e o próprio secretário Beltrame. Somente um assassinato covarde poderá me silenciar. Mas não hesitarei em caminhar pra frente, sempre lutando por uma polícia judiciária independente, que não se submeta a caprichos de outros poderes ou se afigure refém dela mesma, diante dos péssimos quadros funcionais que surgem, patrocinados pelo crime organizado que perpassa o próprio estado. Isso indica que estamos no caminho certo. Essas chagas ainda abertas indicam que as polícias precisam de um tratamento sério e eficaz. Indicam que os bons policiais precisam ser valorizados, para que não sejam cooptados pela chamada “banda podre” e por aqueles que a patrocinam. Sob esse aspecto, a simples vontade política se mostra imprescindível."

Os responsáveis pela conspiração para matar o delegado já foram identificados e espera-se agora que a Secretaria de Segurança seja rigorosa no inquérito que vai levá-los à Justiça. Num momento em que toda a sociedade participa com entusiasmo do cerco do Estado ao crime organizado no Rio, não é possível admitir a hipótese que agentes da lei sejam alvos de represálias de criminosos por conta de uma conduta firme e irrepreensível no combate ao crime.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Rapaz morto chegou a inalar um botijão de gás a cada 2 dias achando que era droga






SÃO PAULO - Inalar gás de isqueiro e até gás de cozinha como droga está sendo alardeado por comunidades no Orkut e virando moda entre jovens, mas essas substâncias não são entorpecentes. São tóxicas. O alerta é do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e de médicos. Em julho do ano passado, o monitor de bufê Allan Ronnie Muraca, de 24 anos, morreu ao lado do botijão de gás.

Ele chegou a inalar um botijão inteiro de gás de cozinha a cada dois dias.
Allan começou cheirando gás de isqueiro, passou para o gás de buzina. Depois, para o gás hélio - usado para encher balões no bufê em que ele trabalhava. Por último, Allan passou a inalar gás de cozinha. Morreu, sozinho, dentro de casa, em São Bernardo do Campo, no ABC, em julho do ano passado.

A dor da mãe de Allan, a funcionária pública aposentada Suzana Cristina Muraca da Silva, de 44 anos, começou um ano antes de o filho morrer, quando ela descobriu que ele estava viciado em gás.

- Não desejo isso a ninguém. Perder o filho para um gás de cozinha é triste. É muito sofrimento.

Suzana conta que tentou internar o filho e chegou até a trancá-lo em casa para evitar que ele consumisse gás.
- Ele arrombou a porta e fugiu para a casa do avô, que fica no mesmo terreno, e foi direto para a cozinha cheirar gás - conta.

Como Allan não tinha plano de saúde, Suzana percorreu prontos-socorros em busca de psiquiatras e outros médicos.

- Todos diziam que o gás não causava nada de mais.

Quando inalava gás, Allan costumava desmaiar. Em seguida, acordava e dormia. Suzana conta que ele e uma namorada souberam do uso do gás no Orkut.

O médico toxicologista da Faculdade de Medicina da USP Anthony Wong afirma que a inalação do gás butano, presente nos isqueiros, provoca a falta de oxigênio no organismo. Ele utiliza uma explicação simples: onde entra o gás butano não entra o oxigênio.

- O butano não é considerado um entorpecente, uma droga. Não produz sensações de prazer momentâneo. O que os usuários do gás chamam de 'barato' é a falta de oxigênio. Por isso a inalação pode provocar asfixia, causando convulsões e morte. Com a inalação, a glote (garganta) fecha e não entra ar nos pulmões. A vítima fica agitada por conta da falta de oxigênio no cérebro - explica.

O médico da USP afirma que as pessoas que passam a inalar o gás do isqueiro podem desenvolver uma dependência psicológica, mas não uma dependência física.

- Não provoca uma dependência física, mas a pessoa pode se viciar no contexto, psicologicamente - afirma, acrescentando que não adianta proibir a venda do produto, pois não há como proibir ninguém de cometer suicídio.

A inalação do gás de isqueiro e de cozinha como droga "para dar barato" é amplamente divulgada entre jovens no site de relacionamento Orkut. Basta uma pesquisa para encontrar comunidades com nomes como "Eu baforo gás de isqueiro", "Eu cheiro gás de cozinha" e "Isqueiro sem gás, menino triste". Há, inclusive, instruções dadas a curiosos sobre como consumir o gás.

De acordo com a Polícia Civil, a simples divulgação na internet não pode ser considerada crime, já que a substância tóxica não é proibida e pode ser encontrada em qualquer lugar.

O delegado Rubens Barazal, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil, diz que não há crime na divulgação do consumo do gás de isqueiro na internet.

- Não existe uma apologia ao crime. O gás é distribuído livremente. Essas pessoas estariam fazendo apologia se essa substância fosse considerada uma droga. Mas é só um gás tóxico - disse o delegado.

Na comunidade do Orkut chamada "Eu baforo gás de isqueiro", os 36 integrantes relatam a inalação do gás no tópico "As melhores brisas". Um deles conta que se lembra de que queimou o próprio nariz quando estava intoxicado. Outro diz que caiu no chão, bateu a cabeça e babou.

De forma irônica, a comunidade está registrada na categoria Esportes e Lazer, e tem 36 integrantes - a maioria tem até 24 anos e se identifica por apelidos. A página também conta com um tópico batizado de "AAAA Eu amo gás", cheio de recados para os outros membros e visitantes. Outra comunidade do Orkut, chamada "Eu cheiro gás de cozinha", com 17 integrantes, exibe a explicação de que a página foi criada "para aqueles que estão sempre viajando, sempre cheirando gás de cozinha".

O popular gás de buzina, muito vendido no Carnaval, e o hélio também são inalados por jovens como droga alternativa aos entorpecentes.

A jornalista Anita Ribeiro Motta, de 25 anos, morreu no ano passado após ter supostamente utilizado gás de buzina na noite de 19 de fevereiro do ano passado, uma segunda-feira de Carnaval, em Serra Negra, a 150 quilômetros da capital.

De acordo com informações da Polícia Civil da cidade, primos da vítima, que foram testemunhas do caso, afirmaram ter visto Anita pegar o tubo com gás de buzina, retirar a corneta que serve para a saída do som, ingerir o gás e cair no chão logo em seguida. A mulher chegou a ser socorrida para o hospital da cidade, mas já teria chegado morta ao local.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Vende água, gás e conserta geladeira






Leis existem para serem cumpridas, e quando alguém se recusa a aceita-las, é porque não acredita na punição quando for pego, subvertendo os valores das mesmas.

Na Rua Brasília, esquina com Cuiabá no bairro de Trindade, São Gonçalo/RJ, um boteco vende livremente água e gás no meio das vias públicas. Todas as quintas-feiras, por volta das 11h00h , podemos ver um caminhão branco, que por coincidência leva a marca de uma das distribuidora que não assinou o TAC ( Termo de Ajustamento de Conduta), enchendo de botijões o tal moquifo ,como se fosse algo legal e normal.