Visualizações de páginas da semana passada

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Entre drogas e armas, tráfico perde R$ 23 milhões

iG calculou a quantia perdida por traficantes a partir das apreensões feitas pelas polícias civil e militar

Vinte e três milhões e seiscentos e seis mil reais. Essa é a estimativa mínima de dinheiro que traficantes da Vila Cruzeiro e do Alemão, na zona norte do Rio, perderam em apreensões de armas e drogas feitas pelas polícias civil e militar desde quinta-feira até esta segunda-feira (29).

Os cálculos foram baseados na arrecadação mínima da venda de maconha e cocaína, além do prejuízo com a perda de armamentos, que são obtidos pelos traficantes por um preço até 10 vezes maior que a venda comercial para as forças armadas.

O maior golpe das polícias foi em um dos principais produtos de lucro dos traficantes: a maconha. Em cinco dias, foram apreendidos 36,250 toneladas da droga, uma perda de, no mínimo, R$ 18,125 milhões em venda.

De acordo com o titular da Dcod (Delegacia de Combate a Drogas), Pedro Medina, um quilo da droga prensada, no varejo, pode ser vendido de R$ 500 a R$ 2 mil. “Um tablete de maconha pesa cerca de um quilo. Se misturado a outras substâncias, esse mesmo quilo pode render cinco da droga. O preço varia de acordo com a pureza da maconha”, disse.

Ainda de acordo com o policial, que está há dois meses a frente da especializada, a cocaína é o entorpecente que tem a maior relação de quantia e lucro. O faturamento de um quilo da droga, após ser vendido nos chamados sacolés, varia de R$12 mil a R$ 15 mil.

Durante as operações, foram apreendidos 285 quilos de cocaína, ou seja, o tráfico deixou de arrecadar, calculando como base o preço do quilo a R$ 12 mil , R$ 3, 420 milhões.

Segundo Medina, não é possível fazer uma estimativa do lucro mensal do tráfico de drogas, mas as apreensões e a perda do território foram determinantes para desarticular um ciclo de violência. “Com essas apreensões eles não têm dinheiro para comprar armas e, assim, não tem poder para subjugar moradores”, afirmou.

Perda de R$ 2 milhões em armamentos

De quinta-feira (25) até o último domingo, foram apreendidos: 22 fuzis; 2 metralhadoras; 9 submetralhadoras; 6 espingardas; 1 carabina; 24 armas de pequeno porte, como pistolas e revólveres; além de 120 granadas.

Policiais da Drae (Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos) afirmaram ao iG que o preço das armas no chamado mercado negro é bem maior do que o preço real do armamento. De acordo com um dos inspetores, que obteve as informações através de escutas telefônicas, o preço é calculado tendo como base o fuzil calibre 762.

Um fuzil desse porte é vendido para as Forças Armadas por cerca de R$ 10 mil. Mas no tráfico de armas, uma arma dessas varia de R$ 50 mil a R$ 70 mil”. Segundo o inspetor, que não quis se identificar, o preço do fuzil é usado como base porque é a arma de grande porte de mais fácil manejo para o traficante.

“Além disso, principalmente os bolivianos e colombianos, principais fornecedores do armamento, levam em conta o deslocamento da arma e o risco de serem presos com a entrada ilegal do armamento no País”. O preço também varia de acordo com o ano de fabricação do fuzil e a quantidade comprada.

De acordo com o inspetor, tendo como base o preço do fuzil, o restante do armamento é comprado de acordo com a potência. “Em uma metralhadora o tráfico paga cerca de R$ 70 mil, já em uma submetralhadora de R$ 30 mil a R$ 50 mil. Já as armas de pequeno porte custam o dobro ou triplo do preço do mercado. Uma pistola é vendida por R$ 6 mil, já uma granada, adquirida pelo preço normal de R$ 800, no mercado negro chega a R$ 2 mil”, afirmou.

Nesta segunda-feira, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu ao Ministério da Defesa para que as Forças Armadas permaneçam por até sete meses no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro. A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro disse que o objetivo é que os militares continuem no complexo de favelas até o próximo semestre, quando é prevista a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).


Bruna Fantti, iG Rio de Janeiro | 29/11/2010 21:41

domingo, 28 de novembro de 2010

Traficantes da Rocinha estariam montando barricadas contra possível invasão da polícia





O Globo


RIO - O Setor de Inteligência da Secretaria de Segurança está investigando, juntamente com policiais militares do Serviço Reservado da PM (P2), as denúncias de moradores da Favela da Rocinha de que traficantes estariam fazendo barricadas e trincheiras, em pontos da favela, contra uma possível invasão da polícia na região.

O tráfico da Rocinha também estaria com bananas de dinamite, que foram roubadas ou desviadas de clientes da empresa Dinacon Indústria e Comércio, localizada em Estrela, Rio Grande do Sul.

Em entrevista coletiva domingo, o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, mandou um recado aos traficantes de áreas que ainda não foram ocupadas pela polícia:

- O estado do Rio de Janeiro tem (o setor de) Inteligência. E, se chegamos ao Alemão, vamos chegar à Rocinha, vamos chegar ao Vidigal e assim por diante...

Moradores denunciaram que um bom número de criminosos fugidos do Alemão e da Vila Cruzeiro já está na Rocinha. A Travessa do Valão, um dos principais acessos à comunidade, foi bloqueada por uma barricada de mais de um metro, feita com grades de ferro, galões de gasolina e blocos de cimento. Vários homens armados estão ocupando o Valão e a Via Apia. ]

Policiais da Inteligência estão há 4 dias na favela

Policiais da P2, disfarçados, estão há quatro dias na favela fazendo um levantamento. Atualmente, a SSP investiga de dois a três casos de desvios de dinamite de empresas e pedreiras. O clima na Rocinha foi tranquilo, e a Polícia Militar intensificou o patrulhamento na Avenida Niemeyer e em São Conrado. Sábado havia um clima de apreensão em torno da Rocinha porque o traficante Fábio Atanásio, o FB, estaria refugiado na região. Moradores negaram que o traficante da Penha esteja na Rocinha. Parte do comércio abriu as portas, principalmente nas ruas próximas à Autoestrada Lagoa-Barra.

Sábado, durante incursão na Vila Cruzeiro, na Penha, a Polícia Civil encontrou 32 bananas de dinamite, equivalente a 26 quilos. Segundo as investigações, o material seria usado em ataques a ônibus ou carros.

O setor de Inteligência já sabe que as dinamites achadas na Penha e em Madureira anteriormente foram fabricadas pela Dinacon Indústria e Comércio. Na quinta-feira, um gerente da empresa confirmou que o artefato pertencia à fábrica, mas que, provavelmente, tinha sido desviado ou roubado de algum cliente. No início da semana, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, negou que a polícia carioca estivesse procurando um caminhão roubado no último dia 10 com 600 quilos de dinamite, que seriam usados em atentados no Rio. Investigadores da SSP confirmaram, ontem, mais uma vez, que as apurações sobre a dinamite continuam.

- Durante a noite, já vimos homens armados fazendo buracos perto da Rua 2. O grupo parecia muito nervoso. Mais tarde denunciamos o caso ao Disque Denúncia. Estamos preocupados - disse uma moradora da favela, ontem, que ligou para o jornal denunciando a história.

Ela confirmou que traficantes orientaram a comunidade a comprar velas e fósforos, já que a iluminação da rua seria cortada em caso de invasão.
- Eles estão rápidos. Continuam cavando buracos e instalando barreiras para uma eventual invasão da polícia - concluiu a moradora.

Um morador também contou que, depois de um tempo sumido, o traficante Nem voltou à favela. Agora, como cabelos e barba crescidos e mais forte.

O chefe do Esquadrão Antibombas, inspetor João Valdemar, confirmou que o Setor de Inteligência da SSP está levantando a procedência das bananas de dinamite.

-- Estão fazendo um levantamento dos desvios de dinamite de pedreiras e das empresas fabricantes. A quantidade achada anteontem na Penha poderia destruir um prédio de dez andares. Os criminosos que colocaram a dinamite em Madureira não souberam fazer o detonador - explicou ele, que confirmou, ainda, que a numeração das bananas de dinamite está sendo analisada pelo SSP.

Milhares de quilos de explosivos roubados

As polícias carioca e paulista continuam apurando um assalto no dia 2 de setembro, quando cinco bandidos levaram, na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, um caminhão com 2.350 kg de explosivos. Oito dias depois, a Polícia Civil de São Paulo recuperou na capital paulista 1,5 tonelada de explosivos. As polícias paulista e carioca investigam também o roubo de uma carga de explosivo no dia 10 numa pedreira em Jundiaí. Outro caso ocorreu em Gravataí (RS), de onde foram levados 300 quilos de dinamite.

sábado, 27 de novembro de 2010

Braço direito do chefe do tráfico no Complexo do Alemão se entrega à polícia







RIO - O traficante Diego Raimundo da Silva dos Santos, conhecido como Mister M, braço direito do chefe do tráfico no Complexo do Alemão, se entregou na tarde deste sábado à Polícia Militar. Ele já foi levado para a 6ª DP (Cidade Nova).

Mister M era o braço direito de Luciano Martiniano da Silva, o Pezão. Mister M é acusado de, em 2008, ter participado da morte de Antônio Ferreira, o Tota, que até então controlava o tráfico na favela.

Essa foi a segunda baixa importante entre os chefes do tráfico no local. No meio da tarde, a Polícia Civil já havia prendido Edson Souza Barreto, conhecido como Piloto, segurança do traficante Fabiano Atanázio da Silva, o FB, um dos chefes do Complexo do Alemão. No momento da prisão, o traficante segurava uma bandeira com a palavra Paz escrita.

Por volta das 15h50m, o coordenador do AfroReggae, José Junior, anunciou pelo Twitter que começava a acontecer as primeiras rendições de traficantes no Complexo do Alemão. O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Waldir Soares Filho, que também está no Alemão, no entanto, não confirma a informação de rendição, publicada por José Júnior.

No início da tarde, o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, deu o ultimato aos traficantes do Complexo do Alemão para que se entreguem e baixem as armas. O relações-públicas da Polícia Militar, coronel Lima Castro, informou em entrevista ao RJTV neste sábado que a PM criou uma estrutura na Rua Joaquim Queiroz, esquina com a Estrada do Itararé, no Complexo do Alemão, para que os traficantes se entreguem.

O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Waldir Soares Filho, que também está no Alemão, no entanto, não confirma a informação de rendição, publicada por José Júnior.

- Já existe um esquema para que essas pessoas se entreguem. É uma oportunidade que a gente está dando - disse Lima Castro. Não vamos recuar da decisão de pacificar o Rio. - Estamos chegando aos momentos finais para alcançar os traficantes que estão no Alemão - acrescentou.

De acordo com ele, a rendição será feita da maneira como foi determinada pelo comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte. Em caso de rendição, os traficantes chegarão com os fuzis sobre a cabeça, entregarão as armas e serão revistados. A Rua Joaquim Queiroz fica próximo à Estrada do Itararé.

Por volta do meio-dia deste sábado, o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, chegou ao Complexo do Alemão com mais cinco pessoas, para conversar com traficantes. Momentos após Júnior subir o Alemão pela Rua Joaquim Queiroz, sem o acompanhamento de policiais, traficantes efetuaram vários disparos do alto do morro. Houve correria e pessoas que passavam pela Avenida Itararé procuraram abrigo.

De acordo com o comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, a polícia não voltará atrás na operação e tem equipamentos suficientes para entrar no Complexo do Alemão para tomar o território. Mário Sérgio alertou os moradores da área para que não saiam de casa e procurem se abrigar no momento em que a polícia entrar na comunidade.

- A população de bem, nós queremos protegê-los, sem causar danos. Pedimos para a população se manter abrigada e não sair nas ruas. Quem transitar nas ruas e vielas vai ficar sob o risco de fogo - disse o comandante.

Após o pedido do comandante, cerca de 50 famílias deixaram o morro. São famílias inteiras, que levaram bolsas, travesseiros, ventiladores e até cachorro. Sem se identificar, eles dizem que estão saindo do morro por causa da guerra.
Desde segunda-feira, 74 pessoas foram presas, 123 detidas e 35 mortas em todo o Estado do Rio. Foram apreendidos 46 revólveres e 11 fuzis.

Mulher presa com 30 mil dólares na mochila

Uma mulher ainda não identificada foi presa pelos militares do Exército - que revistam todos os pedestres que deixam o Complexo do Alemão - com cerca de US$ 30 mil na mochila. O dinheiro e a mulher foram entregues à Polícia Militar e encaminhados à delegacia. Os militares também revistam carros e até crianças. No momento, não há confrontos na região. O comércio na Penha está aberto, e o clima é de aparente tranquilidade. No início da manhã, traficantes trocaram tiros com militares. Segundo imagens divulgadas pela TV Globo, o tiroteio ocorreu na Avenida Itararé, em Ramos.

No fim da madrugada, dois homens e um menor ligados ao tráfico foram presos ao tentar deixar o Complexo do Alemão. Ricardo Severo, de 31 anos, o Faustão, e Tássio Fernandes Faustinho, o Branquinho, de 26 anos, foram detidos por volta das 4h na Rua Canitá. Segundo a Polícia, eles desobedeceram a ordem de parar num bloqueio do Exército e da Polícia Militar. Houve confronto. Branquinho foi baleado na coxa e Faustão, na barriga. Os dois foram atendidos no Hospital Getúlio Vargas. A Polícia informou que Branquinho era o contador do tráfico, o segundo homem na escala hierárquica do bando. Já Faustão seria o braço direito Fabiano Atanásio, o FB.

Tássio é suspeito de ter participado da tentativa de invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, em outubro do ano passado. A ação terminou com a queda de um helicóptero da PM e provocou a morte de três PMs.
Desde sexta-feira, 800 homens do Exército reforçam o patrulhamento na área. Após a ocupação da Vila Cruzeiro pela Polícia Militar, na quinta-feira, mais de cem criminosos fugiram para o Complexo do Alemão.

Pelo menos três militares e seis civis ficaram feridos, na sexta-feira, na região do Alemão. Entre as vítimas, havia uma criança de dois anos, atingida por um tiro de fuzil no braço esquerdo, dentro de casa. Ela foi atendida no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e liberada. O fotógrafo Paulo Whitaker, da agência de notícias Reuters, também foi baleado no ombro.

O traficante apontado como um dos chefes do tráfico de drogas no Alemão morreu. Outras duas pessoas também morreram durante os confrontos na região, segundo a Polícia Civil. Em um balanço da Polícia Militar, já são 35 os mortos nos confrontos entre policiais e traficantes na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão desde segunda até esta sexta-feira.


http://oglobo.globo.com

Ana Cláudia Costa e Luiz Ernesto Magalhães - O Globo e TV Globo; Extra

Comandante da PM pede que moradores do Complexo do Alemão fiquem em casa




RIO - O comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, deu um ultimato aos traficantes do Complexo do Alemão para que se entreguem e baixem as armas. Por volta do meio-dia deste sábado, o coordenador da ONG Afroreggae, José Júnior, chegou ao Complexo do Alemão com mais cinco pessoas, sem dizer o que foi fazer no local. Há informações ainda não confirmadas de que ele teria ido ao morro negociar a rendição de traficantes. José Júnior subiu o Alemão sem o acompanhamento de policiais.

De acordo com o comandante da PM, a polícia não voltará atrás na operação e tem equipamentos suficientes para entrar no Complexo do Alemão para tomar o território. Mário Sérgio alertou os moradores da área: pediu que eles não saiam de casa e procurem se abrigar no momento em que a polícia entrar na comunidade.

- A população de bem, nós queremos protegê-los, sem causar danos. Pedimos para a população se manter abrigada e não sair nas ruas. Quem transitar nas ruas e vielas vai ficar sob o risco de fogo - disse o comandante.

De acordo com o balanço divulgado pela PM, desde o início da semana, 74 pessoas foram presas, 123 detidas e 35 mortas. Foram apreendidos 46 revólveres e 11 fuzis.

Mulher presa com 30 mil dólares na mochila

Uma mulher ainda não identificada foi presa pelos militares do Exército - que revistam todos os pedestres que deixam o Complexo do Alemão - com cerca de US$ 30 mil na mochila. O dinheiro e a mulher foram entregues à Polícia Militar e encaminhados à delegacia. Os militares também revistam carros e até crianças. No momento, não há confrontos na região. O comércio na Penha está aberto, e o clima é de aparente tranquilidade. No início da manhã, traficantes trocaram tiros com militares. Segundo imagens divulgadas pela TV Globo, o tiroteio ocorreu na Avenida Itararé, em Ramos.

No fim da madrugada, dois homens e um menor ligados ao tráfico foram presos ao tentar deixar o Complexo do Alemão. Ricardo Severo, de 31 anos, o Faustão, e Tássio Fernandes Faustinho, o Branquinho, de 26 anos, foram detidos por volta das 4h na Rua Canitá. Segundo a Polícia, eles desobedeceram a ordem de parar num bloqueio do Exército e da Polícia Militar. Houve confronto. Branquinho foi baleado na coxa e Faustão, na barriga. Os dois foram atendidos no Hospital Getúlio Vargas. A Polícia informou que Branquinho era o contador do tráfico, o segundo homem na escala hierárquica do bando. Já Faustão seria o braço direito Fabiano Atanásio, o FB.

Tássio é suspeito de ter participado da tentativa de invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, em outubro do ano passado. A ação terminou com a queda de um helicóptero da PM e provocou a morte de três PMs.

Desde sexta-feira, 800 homens do Exército reforçam o patrulhamento na área. Após a ocupação da Vila Cruzeiro pela Polícia Militar, na quinta-feira, mais de cem criminosos fugiram para o Complexo do Alemão.

Pelo menos três militares e seis civis ficaram feridos, na sexta-feira, na região do Alemão. Entre as vítimas, havia uma criança de dois anos, atingida por um tiro de fuzil no braço esquerdo, dentro de casa. Ela foi atendida no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e liberada. O fotógrafo Paulo Whitaker, da agência de notícias Reuters, também foi baleado no ombro.

O traficante apontado como um dos chefes do tráfico de drogas no Alemão morreu. Outras duas pessoas também morreram durante os confrontos na região, segundo a Polícia Civil. Em um balanço da Polícia Militar, já são 35 os mortos nos confrontos entre policiais e traficantes na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão desde segunda até esta sexta-feira.

Fuzileiro Naval é espancado por traficantes em Costa Barros

O recruta Natan da Silva Lima, 19 anos, do corpo de Fuzileiros Navais, chegou ferido na 39ª DP (Pavuna) na madrugada deste sábado, alegando ter sido agredido após um assalto. Segundo a polícia, o amigo do militar, identificado como João Vitor Vieira Nascimento, teria desmentido a versão do colega. Segundo ele, Natan foi espancado por traficantes do Morro do Chapadão, em Costa Barros.

De acordo com João Vitor, o militar teria ido ao morro comprar drogas, mas os bandidos descobriram a identidade do fuzileiro. Os dois abandonaram a moto no local e fugiram. A motocicleta foi recuperada pela polícia, e os dois levados para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes.

Srs. Presidentes de CCS





Neste momento especial em que o Estado do Rio de Janeiro, através das organizações policiais e militares vem, com profissionalismo, bravura e união, combatendo e prevenindo as ações delitivas praticadas por criminosos, que objetivam desestruturar a paz e a tranqüilidade de toda a população, queremos trazer palavras de fé, coragem, determinação, apoio, esperança, conquista e credibilidade nos órgãos de segurança pública, para que possamos exercer com plenitude a nossa cidadania.

Contamos com os Conselhos Comunitários de Segurança para levar às suas comunidades locais, através das reuniões de CCS e de outras formas de veiculação de grande alcance, que todos nós estamos imbuídos e comprometidos com a segurança pública do nosso maravilhoso Estado do Rio de Janeiro e que a população deve manter a calma, o equilíbrio e o controle emocional, acreditando que estamos no caminho certo!

Um abraço fraternal a todos!

Coordenadoria dos Conselhos Comunitários de Segurança

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Seis áreas contrariam queda de homicídios no Estado do Rio




Cerca de 17 mil velas representam os homicídios ocorridos no Rio em pouco mais de dois anos, em protesto na Alerj.

Seis das 40 áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs) do Rio de Janeiro não acompanharam a queda do número de homicídios do Estado. Enquanto o Rio como um todo reduziu em 25% os assassinatos entre janeiro e agosto (de 4.027 para 3.220), em relação ao ano passado, essas regiões assistiram a uma elevação nos casos, variando de 1,4% a até 100%.

Para efeito de estatística e de políticas públicas, a Secretaria de Segurança divide o Estado em 40 áreas (AISPs), que correspondem ao número do Batalhão de Polícia Militar local – por exemplo, a 1ª AISP corresponde ao 1º BPM (Estácio).

Os dois casos de aumento estatisticamente mais relevantes aconteceram na área central da capital. No Centro (5ª AISP), os homicídios dobraram, passando de cinco para dez até agosto; na 17ª AISP (São Cristóvão, Mangueira, Vasco da Gama e Caju), a elevação também foi alta, de 70% subindo de dez para 17.

Trata-se de áreas relativamente pequenas e sem tanto impacto na Segurança Pública, mas que refletem uma tendência negativa e inversa em relação ao geral. Somadas, as mortes nessas seis regiões correspondem a 15% do Estado no período.

Uma parte da zona oeste do Rio (Barra da Tijuca, Recreio, Grumari, Vargem Grande, Vargem Pequena e Camorim) viu aumento de 30% dos casos de homicídios dolosos (de 20, em 2009, para 26, este ano).

A área mais nobre da zona sul – que abrange os bairros do Leblon, Ipanema, Lagoa, Gávea, Jardim Botânico, São Conrado, além das favelas da Rocinha e do Vidigal – também teve aumento dos casos de homicídio.

Os números, porém, são baixos, e o aumento é residual em números absolutos, se comparados a outros bairros da capital. Enquanto em 2009 ocorreram quatro homicídios, este ano foram cinco (crescimento de 25%). Aumentaram na mesma proporção as tentativas de assassinatos no trimestre, embora no apanhado do ano tenha havido importante queda, de 38% (de 40 para 29).

Interior e região metropolitana

A região Norte do Estado (Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Carapebus e Quissamã), que cresce econômica e urbanisticamente devido a atividades relativas ao petróleo, assistiu também a um considerável aumento de homicídios e de tentativas. Os assassinatos subiram de 91 para 108 (18,7%), e as tentativas (de 81 para 126, equivalente a 55%).

Em São Gonçalo (7ª AISP) – município que responde sozinho por 8,8% dos assassinatos registrados no Estado –, houve discreta oscilação no número de casos (1,4%), passando de 279 para 283 episódios. As tentativas de homicídio, porém, cresceram 34%, de 108 para 145.

A Secretaria de Segurança informou que o homicídio doloso é um dos indicadores estratégicos do programa de metas de redução – a do primeiro semestre de 2010 era de 6,33%, superada com folga. De acordo com a assessoria de imprensa, a tendência é de redução de forma geral à medida que o programa de metas avance. Uma medida prevista para reduzir os assassinatos é a criação de duas novas unidades da Delegacia de Homicídios, provavelmente na Baixada Fluminense e em São Gonçalo.


http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil

segunda-feira, 22 de novembro de 2010