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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Morte de aposentado no Zé Garoto, em assalto deixa população de SG em alerta

Enviado por: Rene Santos31/10/2016 às 09:20h

Moradores estão em alerta
Foto:


Um dia antes da morte do mecânico Edmar Araújo, de 68 anos, - assassinado durante um assalto, no final da tarde de sexta-feira, no portão de casa, na Rua Pereira Ribeiro, no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo -reportagem de O SÃO GONÇALO denunciou o pedido de socorro dos moradores do bairro, que penduraram faixas com alerta sobre a violência em ruas da região. Ontem, dois dias depois do crime, a equipe de OSG voltou ao local e ouviu o desabafo dos moradores, que evitam até sair de casa.

“Estamos implorando por ajuda e o poder público não faz nada. Nem a morte de um inocente chamou a atenção da polícia para intensificar o patrulhamento por aqui. Estamos abandonados à própria sorte”, desabafou um comerciante, que mora no local. A manhã de domingo, que costumava ser movimentada na rua residencial, agora é silenciosa e deserta.

“As pessoas evitam andar por aqui. Só saímos de casa quando é extremamente necessário. Os roubos aqui não tem hora para acontecer. Semana passada um menino, que não tinha mais de 14 anos, subiu a rua de bicicleta e roubou quem via pela frente. Só de telefone celular ele levou uns quatro. Isso em plena luz do dia”, contou uma aposentada. As faixas com as frases “Sorria Ladrão, você está sendo vigiado por moradores e câmeras”, e “Rua reservada para ladrões amadores”, foram colocadas entre as ruas Zulmira e Travessa Jurema, também no Zé Garoto. No Centro de São Gonçalo, cartazes com as frases “Perigo! Assalto 24h. Abandonados pelo poder público” e “Somos reféns na luta pelo direito de ir e vir”, também foram espalhados por diversas ruas.

Em nota, a PM informou que o município é patrulhado com rondas em viaturas e o batalhão teve seu efetivo reforçado com mais 22 policiais militares neste mês. Alegou que o comando da Unidade está atento às estatísticas e o policiamento é redimensionado a partir da mancha criminal com o objetivo de coibir tais ações criminosas.

Recordando- O mecânico Edmar Araújo, de 68 anos, foi assassinado na última sexta-feira, por bandidos que levaram seu carro, quando ele organizava o aniversário de 15 anos de uma de suas netas.


domingo, 30 de outubro de 2016

Brasil tem mais mortes violentas do que a Síria em guerra, mostra anuário

Manifestação nas areias de Copacabana (Rio de Janeiro) para denunciar mortes por causas violentas
Foto: Divulgação




O Brasil registrou mais mortes violentas de 2011 a 2015 do que a Síria, país em guerra, em igual período. Os dados, divulgados hoje (28), são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Foram 278.839 ocorrências de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial no Brasil, de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, frente a 256.124 mortes violentas na Síria, entre março de 2011 a dezembro de 2015, de acordo com o Observatório de Direitos Humanos da Síria.

“Enquanto o mundo está discutindo como evitar a tragédia que tem ocorrido em Alepo, em Damasco e várias outras cidades, no Brasil a gente faz de conta que o problema não existe. Ou, no fundo, a gente acha que é um problema é menor. Estamos revelando que a gente teima em não assumi-lo como prioridade nacional”, destacou o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.

Apenas em 2015, foram mortos violentamente e intencionalmente 58.383 brasileiros, resultado que representa uma pessoa assassinada no país a cada 9 minutos, ou cerca de 160 mortos por dia. Foram 28,6 pessoas vítimas a cada grupo de 100 mil brasileiros. No entanto, em comparação a 2014 (59.086), o número de mortes violentas sofreu redução de 1,2%. “A retração de 1,2% não deixa de ser uma retração, mas em um patamar muito elevado, é uma oscilação natural, de um número tão elevado assim”, ressaltou Lima.

Das 58.383 mortes violentas no Brasil em 2015, 52.570 foram causadas por homicídios (queda de 1,7% em relação a 2014); 2.307 por latrocínios (aumento de 7,8%); 761 por lesão corporal seguida de morte (diminuição de 20,2%) e 3.345 por intervenção policial (elevação de 6,3%).

Estados

Sergipe, com 57,3 mortes violentas intencionais a cada grupo de 100 mil pessoas, é o estado mais violento do Brasil, seguido por Alagoas (50,8 mortes para cada grupo de 100 mil) e o Rio Grande do Norte (48,6). Os estados que registraram as menores taxas de mortes violentas intencionais foram São Paulo (11,7 a cada 100 mil pessoas), Santa Catarina (14,3) e Roraima (18,2).

“Os estados em que as mortes crescem, com exceção de Pernambuco, são os que não têm programa de redução de homicídios. Você percebe que quando há política pública, quando você prioriza o problema, são conseguidos alguns resultados positivos”, disse Lima.

As unidades da Federação que mais aumentaram o número de mortes violentas foram o Rio Grande do Norte (elevação de 39,1%), Amazonas (19,6%), e Sergipe (18,2%). Os que mais diminuíram foram Alagoas (queda de 20,8%), o Distrito Federal (-13%), e o Rio de Janeiro (-12,9%).

“Alagoas, estado que mais reduziu o número de mortes, é um caso muito interessante. É o único que tem um programa, em parceria inclusive com o governo federal, há alguns anos. Uma parceria que envolve não só a Força Nacional, mas outras dimensões de equipamentos. O estado que tem integração formal de diferentes entes da Federação é aquele que conseguiu reduzir com mais intensidade”, disse Lima.

De acordo com o diretor-presidente do fórum, a grande maioria dos oito estados que têm programas de redução de homicídios teve diminuição no número de mortes violentas: Alagoas (-20,8%), Bahia (-0,9%), Ceará (-9,2%), Distrito Federal (-13%), Espírito Santo (-10,7%), Pernambuco (+12,4%), Rio de Janeiro (-12,9%), e São Paulo (-11,4%).


Letalidade policial

De acordo com o anuário, a cada dia, pelo menos 9 pessoas foram mortas por policiais no Brasil em 2015, resultando num total de 3.345 pessoas, ou uma taxa de 1,6 morte a cada grupo de 100 mil pessoas. O número é 6,3% superior ao registrado no ano anterior. São Paulo foi o estado com o maior número de pessoas mortas por policiais em 2015: 848. As maiores taxas de letalidade policial registradas no último ano foram nos estados do Amapá (5 para cada grupo de 100 mil pessoas), Rio de Janeiro (3,9) e de Alagoas (2,9). Considerando-se os números absolutos, São Paulo e o Rio de Janeiro concentram sozinhos 1.493 mortes decorrentes de intervenções policiais, ou 45% do total registrado no país.

A taxa brasileira de letalidade policial (1,6) supera a de países como Honduras (1,2) e África do Sul (1,1). “Isso demonstra um padrão de atuação que precisa ser revisto urgentemente. Esse padrão faz com que você tenha [no Brasil] o número de pessoas mortas por intervenção policial como o mais alto do mundo. Nossa taxa de letalidade policial é maior do que a de Honduras, que é considerado o país mais violento em termos proporcionais, em termos de taxa, do mundo”.

“Esse é um problema que continua muito sério no país e não está submetido especificamente à dimensão dessa nova realidade, seja a lei de terrorismo ou outras questões. Mas estamos com um problema muito agudo do padrão de trabalho das polícias”, destacou Lima.

O total de policiais vítimas de homicídios em serviço e fora do horário do expediente também é elevado no Brasil. Em 2015, foram mortos 393 policiais, 16 a menos do que no ano anterior. Proporcionalmente, os policiais brasileiros são três vezes mais assassinados fora do horário de trabalho do que no serviço: foram 103 mortos durante o expediente (crescimento de 30,4% em relação a 2014) e 290 fora (queda de 12,1% em relação a 2014), geralmente em situações de reação a roubo (latrocínio).

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que está em sua 10ª edição, será lançado no dia 3 de novembro pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Homem é encontrado morto em mala de carro no Boavista

Jovem foi encontrado na mala de carro roubado
Foto: Sandro Nascimento
O corpo de um homem foi encontrado dentro da mala de um carro, na manhã desta quarta-feira, no Boa Vista, em São Gonçalo. O veículo foi abandonado na Rua Bagé, às margens da BR-101 (Rodovia Niterói-Manilha).



De acordo com peritos da Polícia Civil, a vítima, identificada como Lucas Conceição dos Santos, de 22 anos, tinha marcas de tiros. O carro onde o corpo foi localizado, modelo Citroen C3 vinho, placa KVR-3845, constava como roubado no sistema da polícia.

A Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DH) está investigando o caso.



sexta-feira, 14 de outubro de 2016

PM ocupa Morro do Castro por tempo indeterminado

PM ocupa Morro do Castro por tempo indeterminado
        
Enviado por: Leticia Lopes13/10/2016 às 11:05h

Foto: A ocupação do Morro do Castro é por período indeterminado (Foto/Sandro Nascimento)

Por Renata Sena



Policiais do 12ºBPM (Niterói) e do 7ºBPM (São Gonçalo) estão ocupando o Morro do Castro, em São Gonçalo, desde a noite da última terça-feira. A ação acontecerá por tempo indeterminado e está sendo realizada a pedido do 4ª Comando de Policiamento de Área, órgão que coordena as atividades nos batalhões da região Leste Fluminense.

Na manhã de ontem, os militares estavam dentro da comunidade, mas não houve confronto com traficantes. A ocupação teria objetivo de tentar neutralizar a ação de criminosos no local. Traficantes do Morro do Castro já estão sendo investigados desde que um veículo usado no assassinato do subcomandante do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), coronel Ivanir Linhares Fernandes Filho, 49, em Maricá, foi localizado, naquela comunidade, em agosto.

A carcaça do automóvel, um jeep, encontrado completamente incendiado, foi rebocada até a sede da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), em São Lourenço, Niterói, cujos policiais investigam a morte de Linhares. O carro, segundo as investigações, havia sido roubado em Niterói, no dia 24 de agosto.

Recordando - O coronel Linhares foi executado a tiros, no centro de Maricá, no dia 1º de setembro. Na ação, os criminosos atiraram várias vezes num Gol prata em que estavam o oficial e o sargento da PM Luiz Cláudio Carvalho da Silva, 44, seu motorista. Apesar de baleado, o sargento sobreviveu.

De acordo as investigações, os militares haviam acabado de sair de um cartório e se preparavam para ir para à sede do 4ºCPA, em Niterói. Assim que entraram no Gol, eles foram surpreendidos pelos assassinos.